quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Novas experiências

Semana passada comprei um leave-in, um gel e um condicionador.

O leave-in chama-se Motions Norish Conditioner. Tem um cheirinho supergostoso. Achei muito líquido, não me dá a impressão de estar passando condicionador no cabelo, mas ainda assim é muito bom. Tenho usado ele no lugar do umidificador, sempre com o reparador de pontas primeiro.  Custo: Aprox. R$ 23,00



O gel é o IC Hair Polisher Styling Gel da Fantasia Industries Co. e deixa o cabelo com os cachos mais definidos e aquela cara de hidratado sem deixar pesado. Se você tiver paciência pra modelar ele dá uma cara ótima aos cachos (ainda nao tive essa paciência). Não uso sempre pra não acumular resíduos. Custo: Aprox. R$ 23,00


O condicionador eu comprei porque não acreditei que só o leave-in seria suficiente. Chama-se Oliv Balsam e é da linha Oliv Naturell da A-Brand AB, uma empresa sueca. Uma linha de produtos baseados em azeite de oliva destinados a corpo e cabelos. Custo: Aprox. R$ 17,00



E já que falei do umidificador de cachos, acho que não comentei, mas quando o meu da Frizz Ease acabou eu comprei o da L'Oreal para experimentar e ele também cumpriu seu papel. Um umidificador pode ser um ótimo aliado na hora de domar as
madeixas sem (ou com pouca) água.  Custo: Aprox. R$ 17,00

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Rica, eu?

Eu abro o "O Dia" hoje na internet e vejo um "CPMF é coisa de rico". Quem disse isso? Meu presidente. E prossegue. Ele diz:
“A verdade é a seguinte: essas pessoas, sobretudo os ricos, porque pobre não paga CPMF, vamos ser claros. CPMF é coisa de rico, não é coisa de pobre. Essas pessoas precisariam, sobretudo uma parte empresarial, não apenas reclamar do que pagam, mas dizer publicamente quanto ganham, quanto lucraram nesses anos”

Teve uma coisa que eu não entendi: eu sou rica? Por que diabos eu pagava CPMF (na época em que eu vivia e trabalhava em terras tupiniquins)? Quero meu dinheiro de volta!

De acordo com o publlicado, é isento da CPMF quem ganha até R$1140,00, beneficiários do INSS e titulares de contas especiais (e o que seria uma conta especial?).
Com base nisso e na declaração do presidente pode-se deduzir que qualquer um que trabalhe e ganhe mais de R$1140 é rico. Ou teve alguma parte que eu nao entendi?

Leia tudo aqui.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

É isso aí

Então eu posso considerar que a metamorfose (ou transição, ou passagem) está feita. Não há mais nenhum resquício de química no meu cabelo. Ele voltou a ser como era antes. Pura e simplesmente cabelos crespos, naturalmente enrolados. MUITO enrolados. Estou me descobrindo dia-a-dia. Figurando novas formas de tratá-los, mantê-los.



Dia desses mesmo entrei numa loja chamada "The Body Shop" a procura de uma máscara capilar. Encontrei uma chamada Brazil Nut Moisture Mask a qual resolvi dar uma chance. Como o mercado para cabelos crespos não é muito grande na Europa fica difícil encontrar produtos especiais para nosso tipo de cabelo. Por isso não acreditei a princípio que esta máscara seria realmente eficiente. Ledo engano. Ela é maravilhosa e os efeitos são melhores a cada nova aplicação.

Nossos cabelos por serem muito encaracolados não permitem que a oleosidade natural cubra todo o fio, o que os faz ressecados. Depois desta máscara que experimentei cheguei à conclusão de que não é necessário que um produto seja específico para cabelos crespos. Produtos para cabelos ressecados podem mostrar um bom desempenho no tratamento dos nossos caracóis também.

Custo: Aproximadamente R$ 42,00

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Conspiração Cinematográfica

Depois de assistir Notting Hill, Stardust e Bridget Jones cheguei à conclusão de que esses filmes românticos (comédia ou não), se não são um deliberado atentado, são ao menos perigosos à sanidade mental. Não, gente, eu amei os filmes, mas dá uma sensação de que "aquilo tudo é tão especial e eu nunca vou ter algo igual". Tipo, é uma sensação, vc não pensa exatamente isso mas fica com uma depressãozinha lá no fundo. Curioso é que tenho uma estória tão especial quanto, portanto, aqui nessa cabeça esses pensamentos não fazem morada. Mas será que é isso mesmo? Será que esses filmes fazem pessoas andarem melancólicas achando que algo está faltando?
Curioso, no mínimo curioso.

Ao menos serviu pra eu descobrir finalmente o nome de uma música que eu adoro e o nome da cantora.

Out of reach - Gabrielle

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Do orkut...

... na minha sorte de hoje:

- "Você viajará para bem longe."

Jura????!!

domingo, 7 de outubro de 2007

Tô boba!

Eu acordei curiosa em saber quem era o administrador dos fundos de investimento da Caixa. Sei lá, queria saber pra onde mandar currículo se eu quisesse trabalhar com investimentos na Caixa. Ao ler o prospecto de um dos investimentos soube que o segmento VITER da própria Caixa é que é a adminstradora de seus fundos. Daí joguei no Google. Cliquei no link que direcionava à estrutura organizacional da Caixa e mostrava lá o diretor (ou presidente) da Viter. O curioso começou quando na linha debaixo, dentre outras fotos e cargos encontrei a foto do presidente da Caixa, Jorge Mattoso. Como ex-funcionária antenada quee sou vi que a página era desatualizada, já que a presidente agora é Maria Fernanda. Daí que clico lá em "A Caixa" e em "Presidência e Vice-Presidência". Agora sim! PRE-SI-DEN-TA: Maria Fernanda Ramos Coelho. Rolo a página, vamos ver os vice-presidentes. Caraca, ô empresa pra ter vice-presidente: vice-presidente de Atendimento, de ativos de terceiros, de controle e risco, de fundos de governo e loterias... Peraí, esse aqui eu conheço. Moreira Franco!! Desde quando Moreira Franco tem a ver com a Caixa? Esse cidadão não era político? Vou investigar. O que eu faço? Vou pro Google de novo, mas agora em notícias. Algo de podre no ar. E eis que surge essa matéria.

Aí eu entendi. Pra isso é que tem esse monte de vice-presidência. Pra todo mundo poder mamar trabalhar um pouquinho.

Gente, que absurdo! Não me admira que comprem votos de reles eleitores, se até os votantes da Câmara podem ser comprados. A diferença é o preço de cada um.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

E está durando

Eu já não penso em trançar meu cabelo novamente tão cedo. Não por arrependimento mas por estar curtindo ver os cachos tomando forma.

Hoje mesmo levantei da cadeira e fui finalmente cortar as pontinhas quebradas pelas tranças. Tinha me prometido fazer isso com um profissional, mas como enrolei tanto pra ir a um salão acabei fazendo por mim mesma. Daqui a uns meses quando for tempo de cortar novamente eu faço em um salão.

Há dois dias eu vi pela primeira vez algum efeito do Hair Serum e do Spray Ativador de Cachos da Frizz Ease. Não tinha me parecido fazer muita coisa ao usá-los depois do shampoo e do condicionador mas pra modelar sem lavar ou molhar os cabelos eles são perfeitos. Uma mão na roda pro inverno rigoroso que eu tenho que enfrentar.

E hoje eu tive uma surpresa boa. Alguém que chegou ao meu blog procurando por inspirações para tranças nagô e dreads.
Jéssika, seja muito bem-vinda e qualquer coisa que eu puder ajudar se eu não souber eu me informo. ;)

sábado, 29 de setembro de 2007

É sério isso?

E eis que googlando eu vi um pra uma pergunta no Yahoo! Respostas (por que que eu ainda clico nisso?):

- Alguém sabe me dizer se o cabelo da Beyoncè é natural?

E relacionada a essa tinha outra pergunta:

- O que as negras americanas fazem pra ter um cabelo lisinho parecendo natural?

Gente, é sério que alguém ainda acredita em Papai Noel? É sério que só eu sei que estes cabelos lisinhos e naturais são perucas e entrelaçamentos muito bem feitos? E o engraçado é que se você sugerir a essas madames que se matam passando tudo quanto é porção mágica no cabelo a fazer o mesmo, as ditas responderão: - Ah, mas eu queria o meu próprio cabelo...

Então tá, né?

Alguém aí...

...me dá uma aula de daytrading? Ou de sueco?

Abobrinhas II - Como ficar quentinho no inverno

Mas falando sobre estações do ano, pra uma coisa me serviu vir "morar num lugar tão legal que basta jogar açúcar no telhado e o sorvete já desce pronto!" (palavras do Urbano !). Eu fiquei muito encucada: como é que pode eu não morrer congelada num lugar que faz tanto frio quando no Rio eu batia os queixos com veranis 21°C? Mas agora eu sei e estou prevenida. Não sei se essa dica serve pra mais alguém mas fica aqui em todo caso: várias camadas é o que há! Sabe aquelas lingeries que ao invés de sutiã são uma camisetinha? Pois, eu sempre achei aquilo fofo, uma graça mas nunca vi utilidade já que o tamanho dele e o tamanho dos tops do nosso país tropical são quase os mesmos. Daí que esse é o primeiro passo para um look quentinho sem ficar parecendo que pegamos todas as opções possíveis do guarda-roupa. Depois se escolhe um top mais quentinho pra colocar por cima (de algodão, por exemplo), e depois desse top vai uma daquelas peças feitas mesmo pra usar com algo por baixo, tipo, um colete, um cardigã etc. Por cima de tudo, um paletó de tecido mais encorpado (mais no outono ou primavera) ou uma jaqueta grossa se for pra um inverno de verdade mas como eu me refiro à sobrevivência ao inverno do Rio de Janeiro, serve uma jaqueta mais ou menos grossa ou até jeans. Ah, e algo que ajuda muito é manter o pescoço agasalhado. Seja com uma gola alta, um lenço ou uma echarpe. Na parte de baixo, uma meia-calça de lã ou de algodão grossa + um par de meias quentinho + sapatos fechados (os melhores são os forrados e com cano baixo). Pronto. Estarás vestida(o) e quentinha(o) sem parecer o boneco da Michelin, isso, claro, se você atentar para o detalhe de colocar as peças menores por baixo e as maiores por cima. Questão de lógica, sabe? ;-D
E em se tratando de inverno na cidade maravilhosa, eu, que já sou uma viking, deixaria de lado a peça por cima do top porque é um pouquinho demais, mas vale pros friorentos.

E uma consideração final, eu sou um zero à esquerda sobre moda. Eu sei das questões práticas, como como se manter aquecido, já a combinação das peças fica a cargo de cada um.

Bom inverno! (Ah, não, o inverno está chegando é pra mim).

Abobrinhas

Sabe que uma coisa que percebi quando me mudei é que moda é uma questão cultural assim como o senso de ridículo varia regionalmente?
Sabe aquelas coisas que você não usaria nem amarrada? E é claro, fazendo parte de um grupo, como você faz, nenhuma de suas amigas usaria também? Consegue imaginar o tamanho do choque que é ver um monte de gente com umas coisas que não dá pra imaginar como passaram pelo espelho e não tiveram um piripaque. Tipo, eu não sou o tipo mais fashionista e eu curto muito (e aliás, são os meus favoritos) os tipos alternativos que vejo nas ruas de Malmö. Só é um choque muito grande ver tudo o que você sempre acreditou ser um "nunca" adotado tão tranquilamente por várias pessoas.

Nessa entra a questão das meias. Sabe quando você vê alguém desfilando de short, tênis e meias pretas até a canela e diz que é coisa de gringo? Em algum momento de sua vida você não "descobriu" que meias pretas com tênis e shorts eram ridículas? Pois aqui é ao contrário: Não saia na rua de meias brancas (graças a Deus eu nem ando de tênis e shorts pra não não ter que fazer essa escolha). Pois é, sabe aquela risadinha que vc dá quando vê aquele gringo vestido engraçado? Elas se tornarão contra você. Cara, o que você faz quando o seu namorado, que é courier, está todo animado porque é verão e pode finalmente trabalhar de bermuda e mete aquele indefectível look "oi, eu sou gringo"? Dilema: Faz ele calçar um par de meias brancas e se sentir feito um ET no meio da suecada ou engole o senso crítico gritando na sua consciência que aquilo é um atentado? Eu escolho a segunda, porque pelo menos pra maioria ele estará certo e abstraio. Olho e vejo um belo par de meias brancas pelo poder do OMO.

Pessoas de pouca habilidade analítica explicam essas diferenças como mau-gosto and so on. Eu acho mais é que é ver as coisas sob outra ótica.

Ah, whatever!

Continua...

A Girl Like Me

Então que eu estava na casa de uma amiga que viajou pra ajudá-la com a filhinha dela. Daí naquele momento de paz e tranqüilidade que é quando a criança dorme, resolvi ligar a televisão. Sou daqueles tipos que assistem televisão uma vez a cada seis meses só pra constatar que tudo continua o mesmo. Assim, eu até sei o que rola na telinha mas não faço idéia de quem seja o que. Tipos, Zac? Sienna? Fomos apresentados?

Tá, mas segue-se. Da Oprah eu sempre ouvi falar, mas como eu nunca tive TV a cabo (pra dizer a verdade hoje em dia nem televisão eu tenho mais - obrigada, senhor! \o/), sim, mas como eu nunca tive TV a cabo, nunca vi um programa dessa figura. Daí que nessa tarde tava lá: as letrinhas diziam que em 5 minutos começava a própria! Daí eu faço o que? Vou assistir pra ver a que se deve a fama dessa pessoa. E vi. Bem, na verdade eu não sei a que se deve porque o que me interessou mesmo foi a convidada, Kiri Davis. Kiri, uma adolescente de 17 anos, fez um documentário chamado "A Girl Like Me" que repete o teste das bonecas feito pelos psicólogos Kenneth e Mamie Clark nos anos 40, se não me falha a Wikipédia.


Infelizmente, sem legendas.


Desse mesmo programa Chadra Wilson (pelo que eu soube, uma atriz de uma série. Já disse, não me perguntem) e Tangela e seu filho de 13 anos foram convidados pra falar do tema negros/auto-estima/auto-aceitação.
Chadra, ao ser perguntada sobre as bonecas que dava para as filhas, respondeu que eram bonecas de todos os tipos: loiras, negras, asiáticas, mas que também dependia do que as filhas queriam, que por exemplo uma quer uma boneca pra brincar de pentear.
Já Tangela (nenhuma artista, somente alguém com uma história que algum produtor achou interessante) diz ter pedido a Deus para mudar a cor de seu filho, não deixá-lo nascer tão escuro quanto ela. O rapaz hoje em dia é um adolescente e tem o mesmo complexo de inferioridade que a maioria dos adolescentes, porque esse complexo não é exclusividade de quem é negro. Levanta a mão quem nunca se achou gorda demais, magra demais, alta demais, baixa demais, branca demais, com sardas demais...

Na minha humilde opinião, eu acho curioso ver uma mãe querendo que o filho não sofra por ter um tom de pele escuro (e lindo, por sinal) quando ela mesma é preconceituosa até a alma. O mesmo é ver a outra, a atriz, com os "parentes" esticadinhos e não querer que os filhos rejeitem a própria identidade. Se eu mesma faço tudo pra mudar, pra não parecer tão negra como posso querer que meu filho se olhe no espelho e se goste? E por último, eu achei paradoxo ver a Oprah com a pele "bleached" (seria clareada a palavra? sabe aquele clareamento artificial? um com creme que vai eliminando camadas da pele? esse!), então, mas ver essa senhora com esse bleaching e nariz afilado por plástica e mais as convidadas com com seus caracoizinhos cruelmente esticados dizendo pros outros não terem vergonha de serem negros. Acho contraditório demais.

Um bônus foi saber que o complexo do pessoal de olho apertadinho é não ter aquela dobrinha na pálpebra, bem perto dos olhos. Eu juro que pra mim foi uma surpresa. Eu já sabia que a cirurgia plástica número um entre asiáticos era a cirurgia nos olhos, mas não fazia idéia que era pra conseguir essa dobrinha. Pra dizer a verdade eu nem nunca tinha reparado que uns tinham e outros não. Diz aí, quantas vezes você olhou pra alguém e disse: "Uau, que dobrinha na pálpebra!"

Só pra constar, isso aqui não é uma crítica à apresentadora, até porque eu não posso criticar alguém que eu vi apenas uma vez.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Mas será o benedito?

E agora deputados querem recolher previdência de brasileiros que moram no exterior. A desculpa, digo, a justificativa é que a maioria desses emigrantes quer voltar ao Brasil e esse tempo de contribuição acaba fazendo falta. Nobre isso. Mas daí eu me pergunto: esses brasileiros já não recolhem suas contribuições previdenciárias NO PAÍS onde vivem e TRABALHAM? Então esse tempo não vai fazer falta. Ah, gente, faz favor, eu sei contar. É o mesmo que mudar de emprego e continuar recolhendo pela empresa anterior além de recolher pela atual. Não faz sentido. Essas pessoas (inclusive eu) não podem ser obrigadas a pagar duplamente por suas previdências. Se eles estão fora e pretendem voltar ao Brasil, parte de seus benefícios serão correspondentes àquelas contribuições feitas quando moravam no exterior. Será que estou errada?

Aqui você acompanha essa
novela.

domingo, 23 de setembro de 2007

E eu finalmente tirei as tranças

Como eu já previa, assim de cara, fiquei um tanto desapontada com o meu cabelo. A textura que ele tem não é a mesma que eu desejava. Mas essa é uma fase que vi muitas meninas relatarem. Depois passa.

Pois o primeiro dia foi o dia do "o que foi que eu fiz" ou "por que eu estou fazendo isso?". Mas depois do primeiro, segundo, terceiro dia fui percebendo que ele vai tomando forma e melhorando daquele aspecto ressecado e ficando com uma carinha mais hidratada. Acho que se ele pudesse falar, diria: - "Você não acha que está exigindo demais não? Você me amarra naquelas tranças por 1 ano, dentro das quais a única coisa que eu vejo é água e xampu. Como é que alguém em sã consciência ia achar que o dia em que eu me visse livre pra respirar eu estaria com cara de cabelo mais saudável do mundo? Give me a break!"

Pois é, estressadinho ele, né? Mas fato é que eu estou me acostumando a ver minha cara diferente e meu cabelo puro e saudável. Coisa que eu não sabia o que era, haja visto que os maus-tratos datam de 20 anos, no mínimo. O fato de eu estar em um lugar onde ninguém tem na família uma viva alma com cabelos do tipo dos meus também ajuda. O tanto de gente que fala que eles são lindos me faz sentir como se eu estivesse no Brasil e tivesse acabado de fazer uma progressiva (pé-de-pato, mangalô três vezes!). É claro que não vou esperar dos meus compatriotas elogiarem o que um dia alguém disse que era cabelo ruim (e ele não fez nada pra ninguém pra merecer esse título). Estou até me preparando psicologicamente pra os impropérios que as pessoas dizem sem nem te conhecer como se a vida deles fosse ficar mais rica e feliz se te ofenderem.

Sei que estou amando redescobrir meus cachos. Veremos quanto tempo vai durar.

domingo, 16 de setembro de 2007

Pronto! Eu acho que agora acabou!

Acho que ontem fui para a última kräftskiva da temporada. Há um tempinho não me divertia tanto. Sabe quando se dá tanta risada que as bochechas ficam doídas? Pois é, assim que estou.

Festejar é bom, conhece-se tanta gente... Ontem eu conheci uma russa que vive na França e estava aqui em Malmö visitando a amiga (minha e dela) que também é russa e mora aqui - por enquanto. Aliás, uma coisa que tenho vivenciado aqui é a volatilidade da vida das pessoas na minha faixa etária. Malmö é uma cidade muito internacional, com muitos imigrantes, estudantes e pessoas que vêm transferidas por suas empresas para trabalharem ou fazerem algum treinamento aqui, que é o caso dessa amiga que citei. É bem interessante porque conhecemos muita gente, fazemos muita amizade, mas como essas pessoas estão normalmente só de passagem, elas acabam voltando a sua terra natal ou sendo mandadas para alguma outra cidade, que mais uma vez é o caso dessa amiga, que tive a oportunidade de conhecer há poucas semanas e que em três dias estará de malas prontas para Estocolmo. O bom é que amizade permanece. Uma vez feitos, amigos não perdem seu lugar em nossa vida, mas é chato saber que aquele amigo não estará ali, ao alcance quando você quiser ir simplesmente dar uma volta, falar abobrinha ou tomar um café. Felizmente, depois de um tempo em Estocolmo, ela voltará para Malmö por alguns meses. Infelizmente, depois desses meses ela volta ao seu país. Mas como eu já disse, a volatilidade é grande e nessa fase de vida nada é definitivo. Vai que depois de tudo ela muda pra Austrália? Enquanto isso vou colecionando amigos all around the world.
Ah! E a outra amiga, bem, a outra amiga voltou esta tarde para Paris. Au revoir!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Dreads


As dreadlocks são boa opção para quem quer deixar o cabelo crescer mas se incomoda com o volume nos cabelos crespos. E quem acha que esse tipo de trança deixa a pessoa com aspecto desleixado, devia fazer uma boa busca em fotos desse estilo de cabelo. O incoveniente é que, uma vez feita, as dreads só saem cortando-se todo o cabelo trançado. Há a alternativa das fake dreads, feitas em lã. Aqui tem uma entrevista bacana e informativa com a cabeleireira Chris Oliveira, da Cia das Tranças. Eu visitei a página deles e amei esse estilo aqui.

Ai, como a minha mão coça!

Eu fico navegando pelos álbuns do Fotki, vendo tanto cabelo lindo e saudável que fico aqui me coçando pra tirar as tranças que fiz há menos de dois meses e que me custaram os olhos da cara mais a cirurgia de reimplante! Aliás, eu nem postei uma foto com as tranças novas. Nem é tão diferente, mas vá lá:


É, não dá pra ver muito bem mas só agora fui perceber que não tenho uma foto decente com as tranças (quase) novas. Também o penteado nem varia, ou está preso assim, ou num rabo, ou com um gorrinho que comprei para os "bad hair days" e que só usei uma vez pra ver como me sentia.

Políticas e visitas

Não é que os benditos aprovaram a prorrogação da CPMF? E por falar nisso, COMO ASSIM o digníssimo Luís Inácio Lula da Silva esteve aqui e não me visitou? Como assim ele conheceu a minha ídala mor em terras vikings e eu não? Não que eu seja assim tão ligada em política, mas se posso ser um pouco frívola, eu acho Nyamko Sabuni O (com o maiúsculo) exemplo de beleza negra. Natural, diga-se de passagem.
Mas voltando ao assunto, a visita do presidente me remete ao carrossel de emoções que tenho a respeito de seu governo. Não consigo concordar com medidas como a prorrogação da CPMF, cotas em universidades públicas e tapas-buracos como bolsas -família, -escola, -gás e etc, mas o acordo que ele vem buscando com outros países para redução de taxas ao etanol brasileiro me parece uma medida que beneficiará o país em longo prazo. Eu não acredito em nada (nem em ninguém) que prometa colocar nossa nação nos eixos em 4 anos. É impossível consertar em tão pouco tempo algo que já começou errado há mais de 500 anos atrás.
Mas do que eu estava falando mesmo? Ah, sim, Nyamko Sabuni é L-I-N-D-A! As fotos abaixo são do jantar de gala oferecido ao presidente no Palácio.

Fonte:
Svenska Dagbladet



FOTO: Bertil Ericson / SCANPIX

domingo, 26 de agosto de 2007

Eu acho que vi um...coelhinho?!

Agito

Durante o ano todo não encontrei tanta gente quanto nas últimas semanas. Verão e festival é o que há!
Aulão de salsa e um mergulho no Ribban , fika (café) com a tia, Timbuktu, The Ark e queima de fogos no Malmöfestival, Cuba Café, buffet, cerveja no bar, kräftskiva (festa de lagostim) em dose dupla (primeiro com amigos e depois com vizinhos) e hoje estou aqui recuperando as energias pra próxima (que até onde eu sei é kräftskiva novamente).

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Malmöfestivalen

Desde o último dia 17 até o dia 24 de agosto acontece em Malmö o Malmöfestivalen . Já demos uma volta pela cidade no segundo dia (sábado, dia 18). Minha ex-professora de dança oriental (eu não consigo acreditar que aquilo era realmente dança do ventre) estava lá se apresentando na tenda do Jeriko. Mas hoje é definitvamente o dia que eu estava esperando. Ocorre que às 21h no palco da Stortorget tem show do Timbuktu. E eu que não sou "nenhuns bobão" já estou lá. De repente rola uma fotinho por aqui.

Não rolou fotinho, sorry, mas achei esse vídeo aqui:

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Minhas filhotas


Nada de novo para falar, resolvi dizer que tenho novas filhas! Minhas orquídeas que há alguns meses eram só folhas resolveram florescer esta semana. Estou feliz e orgulhosa. Antes dessas tive um outro par, meu primeiro, do qual não fui muito sucedida nos cuidados. Estou muito satisfeita por essas terem florescido novamente, o que significa pelo menos que estou no caminho certo.

domingo, 29 de julho de 2007

Empoeirado isso aqui

Deixei o blog meio ao léu somente pelo fato de que nada de novo acontece na minha vida capilar.


A última foi eu ter tido a coragem de finalmente experimentar um cabelão longo e encaracolado. Em inglês ela me disse que o nome da técnica é weave, então eu creio que seja o mesmo que no Brasil seja conhecido como interlace. À exceção de eu ter odiado o fato de as tranças de raiz terem tomado mais da metade da minha cabeça, eu adorei! Me achei linda. Nos quesitos visuais, passou. Agora, nas questões práticas, o cabelo não passou não. Enumerando:

1. Coloquei cabelo artificial. A cabeleireira me disse que, além de ser mais barato, para encaracolado o mais indicado é que seja canecalon por não embraçar tanto quanto o humano. Tá, pode até ser, mas começou a esticar em duas semanas e estava todo desgrenhado. Porém dou um desconto porque deve ter sido a minha falta de experiência na manutenção, por mais que eu tenha tentado cuidar dele direitinho;

2. O cabelo (a tela) é costurada no cabelo trançado, o que nos primeiros dias pode se tornar uma experiência de inferno capilar: prepare-se para a dor e a coceira;

3. Pelo couro cabeludo estar coberto pela tela, a lavagem é mais difícil, quase que impossível e

4. A cola usada nas partes em que o cabelo é trançado junto ao nosso (sem ser a tela) necessita de removedor especial (e vai dindim).

Por essas e outras não cheguei a três semanas e lá se foi meu caro hair style pelo ralo. Voltei para as boas e velhas trancinhas. E por falar em tranças, dessa vez experimentei um tom mais escuro. Achei legal. Só falta a foto ;).

Com o perdão da palavra:

Caraleooooooo (grafia em homenagem a minha amiga, sócia e mãe do Mateus)!!! Eu finalmente aprendi a usar o feeds no Safari!!! Esse Mac é irado, amo!

Pra quem NÃO sabe, o feeds é a melhor forma de acompanhar as atualizações do seu blog favorito. Você vê lá quando tem post novo. Não somente para blogs, obviamente, mas sabe aquela página que você volta e meia vai dar uma espiadinha pra saber se já atualizou? Pois é, o problema começa quando não é mais apenas uma página, e aí, quando você se dá conta, tem mil e uma coisas novas lá para ler que tomam boas horas do seu dia pra se colocar atualizado.

Engraçado que Thor e eu estávamos falando sobre isso dia dessas: sobre como as coisas no Mac são tão mais simples, mas, antes de as aprendermos nos parecem tãããããão complicadas. Por exemplo, no PC, até a minha última tentativa, eu teria que baixar um programa e adicionar nele todas as páginas que eu gostaria de acompanhar. No Mac, basta clicar no sinalzinho RSS à direita na barra de endereços do Safari (navegador de internet da Apple) e depois no sinalzinho de mais (+) do lado esquerda para adicionar como favorito. Eu criei uma pasta na minha Barrra de Favoritos chamada Feeds e coloquei lá todos os endereços que quero acompanhar, assim, quando tiver notícias novas fica muito mais simples a visualização.
Mais uma vitória minha na guerra da tecnologia. :)


Sonho de Consumo

E por falar em Mac, achei essa página hoje e estou sentindo uma leve coceira nos meus desejos consumistas que andavam adormecidos. O carro foi o meu último desejo realizado (tanto o de comprar quanto o de vender, :=))). Tá, é claro que eu não vou me desfazer do meu que é relativamente novo só porque ele não é rosa. Mas como sonhar não custa nada, dêem uma conferida e digam se não é uma gracinha.

sábado, 28 de julho de 2007

Eu gosto

Umbrella, ella, ella, ella
Lika barn avvika bäst del 2
Son do Braza
Give it to me
Love me or hate me

terça-feira, 17 de julho de 2007

Sobre tempo, manias e um pouquinho sol

Usch! Como deixei isso aqui às traças. Mas vida de gente grande é assim mesmo. Trabalho, escola, amigos... quase não sobra tempo pra internet.
Bom mesmo é o alívio de ter terminado o curso de sueco para imigrantes, saber que passei mais essa etapa.

Uma coisa engraçada é que meus interesses parecem que tem moda. Há poucas semanas estava fascinada pela coisa do "Going Natural". Gastava horas no Fotki visitando páginas de meninas que estão fazendo ou fizeram a transição (da química para cabelos naturais). Agora resolvi que vou aprender sobre investimentos e mercados de ações. E ouçam bem: Vou aprender!
Gasto horas na internet lendo lá e cá. Pena que saber sobre o mercado aqui é difícil já que a minha ferramenta (o sueco) ainda não está tão afiada assim.

Mudando de assunto, me parece que finalmente o verão resolveu dar o ar da graça e trazer o sol pra passar uns dias aqui. Tá, longe de ser aquele calorão, não posso ser ingrata e difícil de satisfazer como dizem por aí. Ergo as mãos pro céu e faço tantos piqueniques e vou à praia quanto me permite meu tempo livre. Afinal, quem precisa de 30° C. Como diz um sueco que conheci, 25° C é perfeito, mas que isso é um pouco demais (pasmem). Portanto como boa menina tento que fazer meu estoque de bem-estar gerado pelo sol pra suportar o inverno. Vou à praia naquele calor todo de 22° C (se eu disser que é friozinho minha mãe diz que é bondade minha) e fico lá lagarteando naquele píer de Västra Hamnen achando que estou nas areias do Recreio. Pelo menos a água é quentinha, quer dizer 19° C pra onde é, tá bom, né?

terça-feira, 26 de junho de 2007

About the news

Ai, m#@d$! Pára o mundo que eu quero descer!
Minhas lidas de notícias de terras tupiniquim têm rareado constantemente, e cada vez que recaída vem tenho uma surpresa diferente?
Lei Rouanet para igrejas? Como assim, Bial? Privatização da Amazônia? O que é isso, gente? Mas eu não votei no Serra... não tô entendendo. E a última: playboy assaltando empregada doméstica? Valha-me, Deus!
Dizem que os frutos nunca caem muito longe da árvore e lendo a declaração do pai compreendo perfeitamente o comportamento do filho.

E como o orkut é o melhor detetive... só nao garanto a longevidade dos profiles.


http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=2059706066020202545
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=15679938945963436345
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=15538644859746618164
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=4296463582713741164

sábado, 2 de junho de 2007

Allie Pollie

No Fotki tem muito álbum de meninas que deicidiram fazer a transição. Dentre eles achei a Allison, que está há 7 anos sem química no cabelo. Eu estava procurando por fotos de cabelos longos e crespos (naturais, não preciso dizer).
Não resisti e mandei um e-mail pedindo autorização para postar uma de suas fotos aqui e acabei fazendo umas perguntinhas básicas.
Abaixo o depoimento de Allie (com agradecimentos especiais ao meu super-amigo Dani pela tradução!).


Eu estou "chemical-free" (totalmente natural) há mais ou menos 7 ou 8 anos, mas eu colori no ano passado. Eu não tinha realmente deixado crescer até uns 4 anos atrás, quando eu comecei a cuidar do meu cabelo - condicionamento profundo e nada de fritá-lo com ferro quente ou usar acessórios que fossem muito apertados na cabeça. Não foi muito difícil parar de alisar porque eu era jovem quando fiz a transição - e também porque meu cabelo estava quebrando muito e, por isso, eu percebi que tinha que fazer alguma coisa. Eu DEFINITIVAMENTE tive problemas de auto-estima atribuídos ao fato de ter o cabelo natural porque isso não era tão aceitável há 7 anos atrás como é hoje. Além de outros negros não "aprovarem" meu cabelo, ou constantemente brincarem com isso como se fosse uma experiência científica, eu mesma não gostava dele - porque eu não parecia a atriz de TV que era tão linda. Mas eu aprendi a me amar, e comecei a acreditar que eu era linda e não importava a aparência do meu cabelo - e então eu me amei mais ainda porque tive a ousadia de ser única! Uma "Afro" num mar de alisadas! E, deixa eu te contar, quando eu finalmente me achei atraente, os homens vieram correndo! A (auto)confiança definitivamente sobressai.
Com relação a produtos para cabelo, eu experimento tudo. EU AMO Pantene Pro-V Condicionador Profundo, mas além desse, meus produtos mudam toda semana.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Como prometido


Aqui está uma foto do "Valborgsmässoafton" tirada no último dia 30 de abril no Pildamms Park em Malmö.
Mas sobre essa festa você pode ler aqui.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Churrasco na floresta



Esse fim-de-semana fui à Karlskrona visitar uma amiga.
Uma cidade muito bonita e histórica.

Visitamos museus, uma escola de fabricação de barcos, fizemos churrasco na floresta e subimos uma montanha para assistir ao pôr-do-sol.

Hoje vamos sair e comemorar a
Valborgsmäässoafton, ou, Noite de Santa Valpurga, quando os suecos se reúnem em torno de uma grande fogueira. Como é a primeira vez que faço isso, não tenho nem muita idéia de como vai ser. Mas quem sabe a noite não rende ao menos uma foto pra ser postada aqui?

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Men för fan!

Agora que eu estava empolgadíssima pra sair por aí fazendo meus cliques e brincar de repórter-fotógrafa, minha bendita câmera quebrou. Justo ela que é compacta e posso carregar pra todos os lados, ó vida. Não, não estou privada do mundo das imagens mas não posso carregar a outra de tamanho monstruoso dentro do bolso da minha jaqueta.

Como diria meu amigo Dani: Chaaaato!

terça-feira, 24 de abril de 2007

Algumas imagens de incentivo

De link em link na net achei esse álbum de fotos super bacaninha. Dá pra ter algumas idéias e ver que é possível ter uma aparência bonita e sofisticada mesmo com cabelos ao natural.

A lista de álbuns aparece à esquerda.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Minha jornada - Introdução

Desde antes de aprender a contar até 20 uso produtos de cabelo. Creio eu que há mais de 20 anos. A princípio por proeza de mãe e na seqüência por minha própria conta e risco.
As memórias das minhas experiências sobre cabelo devem ser similares a de muitas outras brasileiras.

Pois, acontece que há algum tempo comecei a perceber, sempre perto de retocar o relaxamento, que o cabelo que crescia era bonito e macio, e nao super-ressecado como eu supunha. Comecei a ficar curiosa mas nunca tive a paciência de esperá-lo crescer, e nem a coragem de lançar mão de artifícios que me ajudariam a "camuflar" o cabelo em "metamorfose", como as tranças, por exemplo. Fora que sempre aparecia algum evento e aí vem a primeira questão na minha mente: "O que eu vou fazer no meu cabelo?". E a resposta era sempre o relaxamento, salvador.

Bem, o tempo passou, e por razões que só o coração explica e a razão desconhece, viajei no final de fevereiro do ano passado para Malmö, Suécia para visitar meu noivo. Além de muitas outras diferenças culturais, um fato intrigante, um "abre-olhos" ou "abre-mentes" digamos assim, foi ver meninas negras (ok, não são muitas) muito felizes e satisfeitas com seus cabelos afros. Bonitos, bem-cuidados, bem.arrumados e, SIM!, volumosos, cheios, daquela forma que toda brasileira não deseja nunca ter (elas foram mais uma das razões que me levaram a querer mudar).Não sei nem se preciso mencionar as loiras que fazem permanente, as que fazem dreadlocks e outras tantas que usam muita pomada pra conseguir um efeito que nós não precisamos nem nos esforçar pra conseguir.
Voltando as primeiras, vale mencionar que são provavelmente meninas que ou foram adotadas por suecos (e isso é uma outra história) ou nascidas aqui e que têm pai ou mãe negros. Mas acho muito bonito ver alguém fazendo algo que eu cansei de ouvir que era feio ficar bonito. E aumenta muito minha auto-estima quando os amigos que tenho aqui ficam maravilhados a cada vez que vêem minhas tranças.
Eu queria ter a ousadia de fotografar as meninas que vejo aqui. Mas como não tenho, vou compartilhar aqui em capítulos, etapas da minha jornada. Seria ótimo também se alguém que estiver no mesmo caminho quiser compartilhar sua história e sua trajetória aqui. Sejam bem-vindas!

Vaidade

Creio que uma coisa que possa parar meninas que queiram deixar seus cabelos naturais é a impressão de que não estarão cuidando deles. Eu pelo menos me deparei com esse sentimento. Mas depois de ponderar entendi que não era bem assim. Ora, cabelos crespos naturais demandam muito cuidado, visto que são tendenciosamente secos, e precisam de horas para serem arrumados ao nosso bel-prazer. Assim concluí que meu cabelo será muito mais bem-tratado com apenas as hidratações que eu fizer nele já que de pelo menos um tipo de mal-trato eu os livrarei: o processo químico de transformação.
Não estou dizendo que quem relaxa, alisa ou faz permanente não trata. Essas é que triplicam os cuidados. Mas o processo químico em si não é tratamento. Ele se encarrega de deixar os cabelos mais fáceis de manusear mas o tratamento mesmo é aquel hidratação, reconstrução, cauterização e outros -ões disponíveis nos salões de cabeleireiro.
Uma das coisas que me motivaram a deixar meu cabelo ao natural foi a curiosidade de ver como ficaria sua textura se eu pulasse a parte dos danos causados pelo relaxamento e ficasse só com o tratamento. Por enquanto ainda está cedo para saber. É preciso um pouco de comprimento para avaliar os resultados, mas isso é parte de um projeto que estou pensando em colocar em prática.

É isso, se você está acostumada a todos aqueles mimos de salão e não abre mão deles, pense o que aquele super-tratamento que faz M-A-R-A-V-I-L-H-A-S no seu cabelo sensibilizado poderia fazer no seu cabelo saudável!

domingo, 15 de abril de 2007

Transição

Não sei quantas meninas estão no mesmo barco que eu. Não sei se são muitas ou poucas mas sei que há certamente aquelas que, ou cansaram de tanto trabalho em vão, ou cansaram dos cabelos quebrarem depois de alguns anos de bem-sucedido relaxamento, ou simplesmente querem mudar de visual ou ouvem dos namorados: "Eu não sei porque você destrói o seu cabelo, ele é tão bonito."
Sei que para elas, assim como para mim, deve ser difícil achar incentivo para o difícil período de transição, quando resolvemos deixar o universo das químicas e adotar nossos próprios cachos. Quando temos que nos acostumar com aquele cabelo curtinho super ondulado que por mais que tenha 6 cm não aparenta ter mais que 3.
Por isso resolvi postar aqui toda e qualquer informação que for útil pra mim, porque sei que pode servir pra tantas outras. Talvez até mesmo fotos, porque uma boa foto sempre estimula. E, por que não, informações sobre minha própria trajetória.

Abraços e espero que curtam!

Produtos e químicas!

Que coisa mais insana, estava eu ontem no salão de cabeleireiro retocando minhas tranças e peguei uma revista pra ler. Nem me lembro o nome da dita mas o que me chamou a atenção e me motivou a escrever a respeito foi uma "entrevista" com Kerry Washington (de "O Último Rei da Escócia", "Fantastic Four" entre outros). Nunca vi coisa igual: a entrevista era pura propaganda de produtos, somente a primeira e a última respostas não citavam nome e preço de algum cosmético.
Eu já havia sido advertida antes para pseudo-matérias que nada mais são que propagandas mas creio que se eu não estivesse há tempos sem abrir uma dessas revistas (ao menos uma em idioma que eu entenda) talvez não perceberia a grande enganação. Sim, enganação, porque ninguém pode dizer, após ler a "entrevista", que sabe um pouco mais da citada atriz.

Uma vez estava no Vårdcentralen (espécie de posto de saúde daqui da Suécia) aguardando minha vez e a TV mostrando um programa que era um tipo de BBB para aspirantes a modelo. Neste dia as confinadas recebeream a visita de Queen Latifah que, aconselhando as meninas; não disse nada do tipo: você devia sorrir mais, policiar sua postura e aquelas outras bobagens que as "conselheiras" da minha época diziam. Não. Tudo o que eu ouvi foi: nada que alguns produtos não resolvam, você devia usar mais produtos... E viva o consumismo! Dá-lhe produtos!

Eu juro que ia terminar essa postagem aqui, mas lembrei-me de um pensamento que tem me ocorrido essa semana:
Parece-me que quando se trata de saúde são raros os casos de pessoas que conseguem contar no longo prazo. Sobre cigarros uma vez ouvi uma guria dizer que fumava APENAS 7 cigarros por dia. A bichinha ficou impressionantemente horrorizada quando eu disse que em APENAS 1 ano ela fuma 2555 cigarros. O mesmo ocorre com belezuras que ponderam que "se há tanta gente fazendo escova progressiva é porque não faz mal" e outras que dizem: "Meu anticoncepcional é fraquinho e não tem efeitos colaterais." Ok. Você pode não sentir os efeitos dos seu hábitos em um mês, talvez nem mesmo em um ano, mas já parou pra pensar em a quanta substância química você terá sido exposta depois de 40 anos de vida? E 60 (se você tiver vivido até lá)?
E falando sobre anticoncepcionais, lembro-me de remédios, coisa mais curiosa. De vez em quando tenho uma dor de cabeça chata que aparece e desaparece segundo a própria vontade. Por conta disso, decidi não tomar mais remédios. Ora veja, se eu os tomo ela vai embora, se não os tomo vai embora também. Tem me economizado dinheiro e saúde. Tenho considerado fazer o mesmo com resfriados. Só não ousaria se o caso fosse doença de verdade, mas de resfriado ninguém morre, não é mesmo? Acho estranho tomar remédio pra algo que vai voltar de novo. Porém mais que isso, acho estranho ir ao médico e ouvir: "Você nao tem nada não, mas eu vou passar esse remédio aqui..." C'mon! Se eu não tenho nada, thanks and goodbye! Nunca vi remédio pra quem não tem nada.

E tenho dito!

quarta-feira, 28 de março de 2007

Eu não acredito...



que eu posso encontrar notícias mais fresquinhas no Orkut do que no "O Globo".
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2007/03/27/295099711.asp

Acredito menos ainda que o jornal nao tem nada mais interessante pra escrever...

Parei com jornal!

domingo, 11 de março de 2007

Um pouco de humor

Recebi esse texto por e-mail há no mínimo 2 anos atrás e como me foi muito útil no meu outrora conturbado ambiente de trabalho resolvi partilhar seus preciosos ensinamentos:

Aprenda a ser educado no trabalho:

No lugar de: NEM FODENDO!
Usar: Não tenho certeza se vai ser possível.

No lugar de: TÔ CAGANDO E ANDANDO!
Usar: Não vejo razão para preocupações...

No lugar de: MAS QUE PORRA EU TENHO A VER COM ESSA MERDA?
Usar: Inicialmente eu não estava envolvido no projeto.

No lugar de: CARALHO!
Usar: Interessante, hein?

No lugar de: FODA-SE. NÃO VAI DAR NEM A PAU.
Usar: Há razões de ordem técnica que impossibilitam a concretização da tarefa.

No lugar de: PUTA MERDA! VIADO NENHUM ME FALA NADA!
Usar: Precisamos melhorar a comunicação interna.

No lugar de: E NA BUNDINHA, NÃO VAI NADA?
Usar: Talvez eu possa trabalhar até mais tarde.

No lugar de: O CARA É UMA BOSTA.
Usar: Ele não está familiarizado com o problema.

No lugar de: VAI PRA PUTA QUE O PARIU.
Usar: Desculpe...

No lugar de: VAI PRA PUTA QUE O PARIU, SEU VIADO.
Usar: Desculpe, senhor.

No lugar de: BANDO DE FILHOS DA PUTA!
Usar: A matriz não ficou satisfeita com o resultado.

No lugar de: FODA-SE! SE VIRA!
Usar: Infelizmente não posso ajudar.

No lugar de: PUTA TRABALHINHO DE CORNO.
Usar: Adoro desafios.

No lugar de: AH, DEU PRO CHEFE?
Usar: Finalmente reconheceram sua competência.

No lugar de: ENFIA ESSA MERDA NO CU.
Usar: Está muito bom, mas por favor, refaça esta parte do trabalho.

No lugar de: AH, SE EU PEGO O FILHO DA PUTA QUE FEZ ISSO.
Usar: Precisamos reforçar nosso programa de treinamento.

No lugar de: ESTA MERDA ESTÁ INDO PRO BURACO.
Usar: Os índices de produtividade da empresa estão apresentando uma queda sensível.

No lugar de: AGORA FUDEU DE VEZ!
Usar: Esse projeto não vai gerar o retorno previsto.

No lugar de: EU SABIA QUE IA DAR MERDA.
Usar: Desculpe, eu poderia ter avisado, se fosse consultado.

No lugar de: OH! CACETE! VAI SAIR CAGADA DE NOVO.
Usar: Apesar do esforço, teremos outra não conformidade.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Poucas palavras

Ultimamente tenho andado sem motivação para escrever aqui. A vida até que anda agitada mas a não ser pelo que tenho feito de novo não penso em nada que eu queira escrever aqui.
Ontem fui assistir "El laberinto del fauno". Tive uma bela de uma surpresa. Minha expectativa de filme inocente foi massacrada por cenas sangrentas. Mas gostei mesmo assim. Nada que fechar os olhos na hora certa não dê conta.
Hoje não fui ao curso e nem pro trabalho. Estou doente. Ou "sjuk" como eu tive que dizer hoje ao telefone pra justificar a minha falta. Espero melhorar pra voltar à vida normal e começar minhas aulas de dança do ventre que eu deveria ter começado na semana passada.

C'est la vie!

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

The Last King of Scotland

Ou "O último Rei da Escócia".

Muito providencial esse filme sobre um presidente africano agora que está acontecendo uma guerra na Somália. Não vai ser muito difícil escolher um lado.

Não me admiraria se depois de "Turistas" alguém (quem, quem, quem?) começasse a atacar o Brasil e o incluísse no "eixo do mal". Não me admiraria se de repente brasileiros tornassem-se aos olhos do mundo "perigosos terroristas" e que para segurança do mundo alguém ( mais uma vez, quem?) os tomasse sob seu domínio. Quem é o terrorista?

Acompanhei, não com muito interesse, a novela do enforcamento daquele ditador acusado de genocídio. Não, as imagens do enforcamento propriamente ditas eu fiz questão de não. Cenas muito fortes para corações moles e almas frágeis. Mas interessantemente, nos artigos que li sobre querras do Iraque os EUA sempre figuravam como suporte (bélico, financeiro?) daquele país. Mas já que entraram na onda de punir criminosos pelos seus atos acho que agora posso aguardar esperançosamente a punição daquele outro genocida responsável por mortes no Vietnã, Iraque, Afeganistão ... o mesmo que dá suporte a Israel na guerra contra o Líbano. Ah!!! Não. Genocidas denominados "presidente" não são passíveis de punição, apenas os chamados "ditadores". Too bad!

Algo que atiça minha curiosidade é compreender os valores éticos, a política de um Estado que instaura um processo de impeachment contra um presidente por um caso de adultério, mas nada acontece se o governante sucessor inicia guerras como quem vai ao trabalho. O que houve? Viraram o mundo de cabeça pra baixo enquanto eu dormia?

Ai, pronto, falei!

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Boa e má notícia

Lendo O Globo na internet vi lá no pé da página em letras miudinhas a manchete "Rio. Cobrança da assinatura básica da linha telefônica é ilegal".
Muito boa a matéria, informação muito útil. A Telemar foi condenada a suspender imediatamente a cobrança (Só? Eu esperava que ela pagasse os valores volta, corrigido.). Mas qual não foi minha surpresa ao ler que o único beneficiado foi o autor da ação? Será que todos os assinantes dessa empresa terão que entrar com uma ação para que a lei seja respeitada? Será que a Justiça Brasileira não tem outros casos para julgar a não ser os dos milhares de assinantes dessa Companhia?

Leia aqui:
  • Rio. Cobrança da assinatura básica da linha telefônica é ilegal