segunda-feira, 30 de abril de 2007

Churrasco na floresta



Esse fim-de-semana fui à Karlskrona visitar uma amiga.
Uma cidade muito bonita e histórica.

Visitamos museus, uma escola de fabricação de barcos, fizemos churrasco na floresta e subimos uma montanha para assistir ao pôr-do-sol.

Hoje vamos sair e comemorar a
Valborgsmäässoafton, ou, Noite de Santa Valpurga, quando os suecos se reúnem em torno de uma grande fogueira. Como é a primeira vez que faço isso, não tenho nem muita idéia de como vai ser. Mas quem sabe a noite não rende ao menos uma foto pra ser postada aqui?

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Men för fan!

Agora que eu estava empolgadíssima pra sair por aí fazendo meus cliques e brincar de repórter-fotógrafa, minha bendita câmera quebrou. Justo ela que é compacta e posso carregar pra todos os lados, ó vida. Não, não estou privada do mundo das imagens mas não posso carregar a outra de tamanho monstruoso dentro do bolso da minha jaqueta.

Como diria meu amigo Dani: Chaaaato!

terça-feira, 24 de abril de 2007

Algumas imagens de incentivo

De link em link na net achei esse álbum de fotos super bacaninha. Dá pra ter algumas idéias e ver que é possível ter uma aparência bonita e sofisticada mesmo com cabelos ao natural.

A lista de álbuns aparece à esquerda.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Minha jornada - Introdução

Desde antes de aprender a contar até 20 uso produtos de cabelo. Creio eu que há mais de 20 anos. A princípio por proeza de mãe e na seqüência por minha própria conta e risco.
As memórias das minhas experiências sobre cabelo devem ser similares a de muitas outras brasileiras.

Pois, acontece que há algum tempo comecei a perceber, sempre perto de retocar o relaxamento, que o cabelo que crescia era bonito e macio, e nao super-ressecado como eu supunha. Comecei a ficar curiosa mas nunca tive a paciência de esperá-lo crescer, e nem a coragem de lançar mão de artifícios que me ajudariam a "camuflar" o cabelo em "metamorfose", como as tranças, por exemplo. Fora que sempre aparecia algum evento e aí vem a primeira questão na minha mente: "O que eu vou fazer no meu cabelo?". E a resposta era sempre o relaxamento, salvador.

Bem, o tempo passou, e por razões que só o coração explica e a razão desconhece, viajei no final de fevereiro do ano passado para Malmö, Suécia para visitar meu noivo. Além de muitas outras diferenças culturais, um fato intrigante, um "abre-olhos" ou "abre-mentes" digamos assim, foi ver meninas negras (ok, não são muitas) muito felizes e satisfeitas com seus cabelos afros. Bonitos, bem-cuidados, bem.arrumados e, SIM!, volumosos, cheios, daquela forma que toda brasileira não deseja nunca ter (elas foram mais uma das razões que me levaram a querer mudar).Não sei nem se preciso mencionar as loiras que fazem permanente, as que fazem dreadlocks e outras tantas que usam muita pomada pra conseguir um efeito que nós não precisamos nem nos esforçar pra conseguir.
Voltando as primeiras, vale mencionar que são provavelmente meninas que ou foram adotadas por suecos (e isso é uma outra história) ou nascidas aqui e que têm pai ou mãe negros. Mas acho muito bonito ver alguém fazendo algo que eu cansei de ouvir que era feio ficar bonito. E aumenta muito minha auto-estima quando os amigos que tenho aqui ficam maravilhados a cada vez que vêem minhas tranças.
Eu queria ter a ousadia de fotografar as meninas que vejo aqui. Mas como não tenho, vou compartilhar aqui em capítulos, etapas da minha jornada. Seria ótimo também se alguém que estiver no mesmo caminho quiser compartilhar sua história e sua trajetória aqui. Sejam bem-vindas!

Vaidade

Creio que uma coisa que possa parar meninas que queiram deixar seus cabelos naturais é a impressão de que não estarão cuidando deles. Eu pelo menos me deparei com esse sentimento. Mas depois de ponderar entendi que não era bem assim. Ora, cabelos crespos naturais demandam muito cuidado, visto que são tendenciosamente secos, e precisam de horas para serem arrumados ao nosso bel-prazer. Assim concluí que meu cabelo será muito mais bem-tratado com apenas as hidratações que eu fizer nele já que de pelo menos um tipo de mal-trato eu os livrarei: o processo químico de transformação.
Não estou dizendo que quem relaxa, alisa ou faz permanente não trata. Essas é que triplicam os cuidados. Mas o processo químico em si não é tratamento. Ele se encarrega de deixar os cabelos mais fáceis de manusear mas o tratamento mesmo é aquel hidratação, reconstrução, cauterização e outros -ões disponíveis nos salões de cabeleireiro.
Uma das coisas que me motivaram a deixar meu cabelo ao natural foi a curiosidade de ver como ficaria sua textura se eu pulasse a parte dos danos causados pelo relaxamento e ficasse só com o tratamento. Por enquanto ainda está cedo para saber. É preciso um pouco de comprimento para avaliar os resultados, mas isso é parte de um projeto que estou pensando em colocar em prática.

É isso, se você está acostumada a todos aqueles mimos de salão e não abre mão deles, pense o que aquele super-tratamento que faz M-A-R-A-V-I-L-H-A-S no seu cabelo sensibilizado poderia fazer no seu cabelo saudável!

domingo, 15 de abril de 2007

Transição

Não sei quantas meninas estão no mesmo barco que eu. Não sei se são muitas ou poucas mas sei que há certamente aquelas que, ou cansaram de tanto trabalho em vão, ou cansaram dos cabelos quebrarem depois de alguns anos de bem-sucedido relaxamento, ou simplesmente querem mudar de visual ou ouvem dos namorados: "Eu não sei porque você destrói o seu cabelo, ele é tão bonito."
Sei que para elas, assim como para mim, deve ser difícil achar incentivo para o difícil período de transição, quando resolvemos deixar o universo das químicas e adotar nossos próprios cachos. Quando temos que nos acostumar com aquele cabelo curtinho super ondulado que por mais que tenha 6 cm não aparenta ter mais que 3.
Por isso resolvi postar aqui toda e qualquer informação que for útil pra mim, porque sei que pode servir pra tantas outras. Talvez até mesmo fotos, porque uma boa foto sempre estimula. E, por que não, informações sobre minha própria trajetória.

Abraços e espero que curtam!

Produtos e químicas!

Que coisa mais insana, estava eu ontem no salão de cabeleireiro retocando minhas tranças e peguei uma revista pra ler. Nem me lembro o nome da dita mas o que me chamou a atenção e me motivou a escrever a respeito foi uma "entrevista" com Kerry Washington (de "O Último Rei da Escócia", "Fantastic Four" entre outros). Nunca vi coisa igual: a entrevista era pura propaganda de produtos, somente a primeira e a última respostas não citavam nome e preço de algum cosmético.
Eu já havia sido advertida antes para pseudo-matérias que nada mais são que propagandas mas creio que se eu não estivesse há tempos sem abrir uma dessas revistas (ao menos uma em idioma que eu entenda) talvez não perceberia a grande enganação. Sim, enganação, porque ninguém pode dizer, após ler a "entrevista", que sabe um pouco mais da citada atriz.

Uma vez estava no Vårdcentralen (espécie de posto de saúde daqui da Suécia) aguardando minha vez e a TV mostrando um programa que era um tipo de BBB para aspirantes a modelo. Neste dia as confinadas recebeream a visita de Queen Latifah que, aconselhando as meninas; não disse nada do tipo: você devia sorrir mais, policiar sua postura e aquelas outras bobagens que as "conselheiras" da minha época diziam. Não. Tudo o que eu ouvi foi: nada que alguns produtos não resolvam, você devia usar mais produtos... E viva o consumismo! Dá-lhe produtos!

Eu juro que ia terminar essa postagem aqui, mas lembrei-me de um pensamento que tem me ocorrido essa semana:
Parece-me que quando se trata de saúde são raros os casos de pessoas que conseguem contar no longo prazo. Sobre cigarros uma vez ouvi uma guria dizer que fumava APENAS 7 cigarros por dia. A bichinha ficou impressionantemente horrorizada quando eu disse que em APENAS 1 ano ela fuma 2555 cigarros. O mesmo ocorre com belezuras que ponderam que "se há tanta gente fazendo escova progressiva é porque não faz mal" e outras que dizem: "Meu anticoncepcional é fraquinho e não tem efeitos colaterais." Ok. Você pode não sentir os efeitos dos seu hábitos em um mês, talvez nem mesmo em um ano, mas já parou pra pensar em a quanta substância química você terá sido exposta depois de 40 anos de vida? E 60 (se você tiver vivido até lá)?
E falando sobre anticoncepcionais, lembro-me de remédios, coisa mais curiosa. De vez em quando tenho uma dor de cabeça chata que aparece e desaparece segundo a própria vontade. Por conta disso, decidi não tomar mais remédios. Ora veja, se eu os tomo ela vai embora, se não os tomo vai embora também. Tem me economizado dinheiro e saúde. Tenho considerado fazer o mesmo com resfriados. Só não ousaria se o caso fosse doença de verdade, mas de resfriado ninguém morre, não é mesmo? Acho estranho tomar remédio pra algo que vai voltar de novo. Porém mais que isso, acho estranho ir ao médico e ouvir: "Você nao tem nada não, mas eu vou passar esse remédio aqui..." C'mon! Se eu não tenho nada, thanks and goodbye! Nunca vi remédio pra quem não tem nada.

E tenho dito!