domingo, 15 de abril de 2007

Produtos e químicas!

Que coisa mais insana, estava eu ontem no salão de cabeleireiro retocando minhas tranças e peguei uma revista pra ler. Nem me lembro o nome da dita mas o que me chamou a atenção e me motivou a escrever a respeito foi uma "entrevista" com Kerry Washington (de "O Último Rei da Escócia", "Fantastic Four" entre outros). Nunca vi coisa igual: a entrevista era pura propaganda de produtos, somente a primeira e a última respostas não citavam nome e preço de algum cosmético.
Eu já havia sido advertida antes para pseudo-matérias que nada mais são que propagandas mas creio que se eu não estivesse há tempos sem abrir uma dessas revistas (ao menos uma em idioma que eu entenda) talvez não perceberia a grande enganação. Sim, enganação, porque ninguém pode dizer, após ler a "entrevista", que sabe um pouco mais da citada atriz.

Uma vez estava no Vårdcentralen (espécie de posto de saúde daqui da Suécia) aguardando minha vez e a TV mostrando um programa que era um tipo de BBB para aspirantes a modelo. Neste dia as confinadas recebeream a visita de Queen Latifah que, aconselhando as meninas; não disse nada do tipo: você devia sorrir mais, policiar sua postura e aquelas outras bobagens que as "conselheiras" da minha época diziam. Não. Tudo o que eu ouvi foi: nada que alguns produtos não resolvam, você devia usar mais produtos... E viva o consumismo! Dá-lhe produtos!

Eu juro que ia terminar essa postagem aqui, mas lembrei-me de um pensamento que tem me ocorrido essa semana:
Parece-me que quando se trata de saúde são raros os casos de pessoas que conseguem contar no longo prazo. Sobre cigarros uma vez ouvi uma guria dizer que fumava APENAS 7 cigarros por dia. A bichinha ficou impressionantemente horrorizada quando eu disse que em APENAS 1 ano ela fuma 2555 cigarros. O mesmo ocorre com belezuras que ponderam que "se há tanta gente fazendo escova progressiva é porque não faz mal" e outras que dizem: "Meu anticoncepcional é fraquinho e não tem efeitos colaterais." Ok. Você pode não sentir os efeitos dos seu hábitos em um mês, talvez nem mesmo em um ano, mas já parou pra pensar em a quanta substância química você terá sido exposta depois de 40 anos de vida? E 60 (se você tiver vivido até lá)?
E falando sobre anticoncepcionais, lembro-me de remédios, coisa mais curiosa. De vez em quando tenho uma dor de cabeça chata que aparece e desaparece segundo a própria vontade. Por conta disso, decidi não tomar mais remédios. Ora veja, se eu os tomo ela vai embora, se não os tomo vai embora também. Tem me economizado dinheiro e saúde. Tenho considerado fazer o mesmo com resfriados. Só não ousaria se o caso fosse doença de verdade, mas de resfriado ninguém morre, não é mesmo? Acho estranho tomar remédio pra algo que vai voltar de novo. Porém mais que isso, acho estranho ir ao médico e ouvir: "Você nao tem nada não, mas eu vou passar esse remédio aqui..." C'mon! Se eu não tenho nada, thanks and goodbye! Nunca vi remédio pra quem não tem nada.

E tenho dito!

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